Olá, folha sem pautas!
- Já era hora meu amigo, poeta!
Preciso de seu pranto,
inundando-me com o
romantismo que lhe brota
à flor da pele, quero ser parte
desta história bucólica, contada
em mil palavras, uma a uma
petalada em sua alma!
Pois bem, branca folha!
Vou lhe mostrar em
quintas e vinhedos,
a águia sobrevoando
as montanhas, o morango
desabrochando no campo,
o sol no crepúsculo maior!
- Amigo poeta,
encante-me ainda mais!...
Ah! minha amiga da escrita,
visualize em seu âmago,
a diva em seus longos vestidos
no balé dos trigais, a mulher
dos voadores tecidos,
erguendo por giros e rodopios,
a clave da melodia paixão!
- Poeta amigo,
seu coração ainda canta, continue!
Enfim minha amiga das letras,
sinta em suas páginas
a lua em seus raros botequins
alumiando meu semblante,
tocando fundo nos violinos
que recitam o amor
em todos os dias,
em todas as noites,
em todas as formas
que uma lágrima pode exaltar!